O que eu tenho praticado e falado ao longo dessa jornada é
sobre uma universidade pública, responsável
com o dinheiro publico, com discussões
coletivas onde os nossos especialistas e alunos possam se manifestar, onde
haja transparência nos atos de quem
comanda.
Com dirigentes que de
fato se preocupem com pessoas e não se resumam a ter uma fala macia e
superficial, mas que não resolve as questões mais criticas e se esquecem de
fazer ações que possam de fato trazer o melhor para o coletivo.
Eu penso em uma instituição que seja mais responsável socialmente, Que de fato foque em seus propósitos para
bem preparar nossos estudantes para a vida profissional.
Que ela possa construir o novo sem desprezar nosso legado.
Que as várias expressões da universidade, as engenharias, as
ciências básicas e sociais, encontrem abrigo, na progressão docente, na
obtenção de recursos nos editais, na manifestação em fóruns variados de seus
interesses, e visões.
Essa é a universidade que estamos nos tornando em uma
proporção que muitos ainda não se aperceberam.
Apesar das dificuldades que esse processo traz, apesar dos
reparos e aprimoramentos que sim esse modelo ainda precisa para ter editais
mais justos e representativos de todos os segmentos, eu não tenho a menor dúvida
de que essa é a maneira pela qual estamos criando a UNIFEI como universidade de
fato, preparada para esse novo milênio onde questões éticas e tecnológicas se
cruzam para gerar o conhecimento e ações
que de fato o pais precisa para ser uma nação mais próspera e mais justa. E tudo isso ocorrendo em meio a enormes desafios internos e externos para a universidade
publica que depende de numerosos instrumentos, tais como:
1. Na consolidação de um corpo técnico e
administrativo de alta qualidade e comprometimento para a boa gestão da coisa
pública focada nos propósitos acadêmicos de ensino, pesquisa e extensão.
2. Na avaliação da progressão docente respeitando
diferenças entre a área de engenharia e as demais, que necessitam de critérios
diferenciados.
3. Pela inclusão de mecanismos orçamentários para
garantir sustentabilidade na extensão social que nos permitam dar suporte mais
adequado a iniciativas tais como levar a ciência pra praça, trazer a sociedade
até a universidade. E como resultado, mudar pra melhor a região em que vivemos.
E tudo isso em meio à incerteza acerca dos
recursos para a educação e a universidade publica. Apesar de sermos talvez a
única IFES do país a ter tido aumento de 70% na consolidação de capital, por
conta do Reuni que aqui estava atrasado suponho eu, ainda assim vamos ter o ano
que vem com corte superior a mais de 2 milhões de reais. O que é pior é a perda de protagonismo da
universidade publica federal e do congelamento dos recursos da educação por 20
anos como prega a PEC 241.
Quero dizer de meu entusiasmo em estar a frente da
universidade nesses quase 4 anos. Tem dias e tem dias. Nesses momentos em que
tudo é tão mais custoso mesmo assim, vale tão mais a pena pelo fato de que apesar
de tudo a universidade está melhor do quando assumimos a instituição, mas há
muito mais do que a vista alcança.
Vale a pena continuar sendo administrado dessa forma e
aprimorar esse modelo ou vamos retroceder àquela maneira personalista, confusa
e obscura de se tocar a universidade?
Não confundam, meus caros, temperamento com caráter. Vou me
sentir muito honrado com o voto de cada um de vocês, mas sei que no fundo o
voto é mesmo uma mera consequência.
Analisem de maneira ponderada e deixem a emoção de lado. A história de vida
ética e profissional de cada um conta aqui. A obra de cada um, assim como a
qualidade das promessas se são factíveis, realizáveis, prudentes, justas,
compatíveis com o momento que o país atravessa.
E a universidade vale mais e merece mais respeito e merece
ser bem cuidada porque simplesmente a universidade somos todos nós.
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