Portanto, decorrente de uma época não haviam fóruns específicos que discutissem questão de tal magnitude foi necessário que algo fosse feito a respeito. Meu entendimento é que a criação e desenvolvimento, expontâneo de fóruns de discussão variados, como por exemplo aqueles que sejam capazes de analisar a condição da mulher como aluna e como servidora, assim como de todo e qualquer gênero passa por uma necessária reflexão que considera fundamentalmente as relações humanas e as coloca como protagonistas na criação de políticas internas específicas. Ao admitir como principio que nenhuma forma de preconceito é admitido apenas destaco que toda ou qualquer política de afirmação, de empoderamento, deve partir da comunidade sendo a essas manifestações permitida o acesso aos setores decisórios da universidade de tal forma a garantir sustentabilidade no que tange a justiça e correção que devem permear as relações interpessoais.
Gostaria, por fim, de ilustrar algo muito curioso que aconteceu nesta gestão. Não houve uma preocupação especifica quanto a ocupação de cargos de comando na universidade por mulheres. Simplesmente aconteceu, baseado em mérito e competência os cargos foram sendo ocupados, sendo que chegamos a 15 cargos ocupados por mulheres de um total de 45 CD (Cargos de Direção) em dada ocasião. O curioso é que em levantamento recente cerca de 50% dos servidores docentes e técnico-administrativos da UNIFEI são do sexo feminino. Embora estejamos ainda longe do ideal, que seria o percentual equivalente, posso afirmar que foi uma agradável surpresa. No entanto, me pergunto: como garantir sustentabilidade a iniciativas como essa, por exemplo, de tal forma a não revertermos a uma condição onde posturas misóginas possam tomar lugar na UNIFEI?
Questões como essa devem passar a fazer parte da discussão sobre o que é ser uma universidade nesse novo tempo.

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