sábado, 30 de julho de 2016

Como oficialmente o campus de itabira passou a fazer parte da UNIFEI

Dentre os diversos desafios que se apresentaram quando iniciamos a administração da universidade um dos mais importantes foi a necessidade de se formalizar o Campus de Itabira em nossos documentos oficiais, tais como regimentos, normas e organograma.
Essa foi uma das nossas ações mais imediatas, até porque era inaceitável que o campus de Itabira continuasse sendo administrado de maneira tão informal e personalista. Afinal, apesar das atividades já estarem ocorrendo há mais de 4 anos, o reconhecimento do Campus de Itabira como uma estrutura dentro da UNIFEI não estava sendo considerada como algo necessário ou importante.
Sem a oficialização do Campus de Itabira não conseguiríamos atender o anseio coletivo que nos foi passado na campanha anterior. Esse anseio, absolutamente pertinente, disparou todo um processo de formalização sem o qual não conseguiríamos criar uma gestão profissional para que o campus pudesse aumentar sua autonomia, criar seus processos administrativos e estar inserido no sistema de gestão da universidade, o SIG e, de fato, integrado ao campus sede.


O que encontramos e o que fizemos está sintetizado na tabela abaixo.

O QUE ENCONTRAMOS
O QUE FIZEMOS
Dirigente do Campus de Itabira (Assessor Especial) indicado pelo Reitor
Dirigente (Assessor Especial) eleito através de consulta à comunidade de Itabira de forma paritária. Eleição essa homologada por mim em minha primeira ação na reitoria.
O Campus de Itabira inexistia oficialmente
O Campus de Itabira se transformou em Unidade Acadêmica em março de 2013 e tem atualmente o status de Campus Avançado no novo Regimento Geral
Não havia representação oficial alguma do Campus de Itabira no Organograma e no Regimento Geral da UNIFEI
O Campus de Itabira está oficialmente reconhecido no Organograma e no Regimento Geral da UNIFEI.
Esse reconhecimento não se dá somente através de apenas uma diretoria, mas de fato como um campus composto por um conjunto de órgãos que serão disciplinados no futuro Regimento do Campus.
Haviam 2 cargos de direção (CD)
O campus de Itabira conta hoje com 5 cargos de direção
Haviam 14 funções gratificadas (FG)
Há 20 funções gratificadas e 9 Funções de Coordenação de Cursos (FCC)
O Assessor Especial recebia CD3.
O Diretor da Unidade Acadêmica, mas com status de Diretor Geral de Campus, passou a receber um CD superior (CD2)
Não havia representante oficial do Campus de Itabira em nenhum dos conselhos superiores da UNIFEI (CONSUNI e CEPEAD)
O Dirigente do Campus, na condição de Diretor de Unidade Acadêmica tem assento tanto no CONSUNI quanto no CEPEAD.
Não havia órgão algum de discussão e deliberação coletiva
A Assembleia do Campus se transformou em realidade em abril de 2014.

Muitos outros avanços e desafios serão apresentados em futuras postagens.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Video-conferência economiza dinheiro público e traz segurança

Desde 2013 temos intensificado investimentos em sistemas de videoconferência e salas virtuais. Temos hoje 13 sistemas ao todo. Tais sistemas garantem reuniões para a realização dos conselhos superiores Consuni e Cepead, entre Itajubá e Itabira, além de bancas de pós-graduação e reuniões diversas (assuntos administrativos e acadêmicos como aulas e interação entre grupos de pesquisa, por exemplo) conectando a UNIFEI com os locais mais variados, dentro e fora do Brasil.
Para que os sistemas pudessem atender aos usuários de forma satisfatória algumas medidas foram implementadas, tais como a reformulação da rede de dados garantindo maior estabilidade e segurança no tráfego das informações. Também adotamos salas virtuais visando atender a casos específicos onde não existem equipamentos tradicionais de videoconferência.
Dentre as ações visando a melhoria dos sistemas estão a montagem de um novo ambiente para atender a expansão da nova composição do Consuni em Itabira, capacitação de servidores para utilização dos equipamentos (que ocorrerá em agosto/2016) e a busca por novas alternativas de ambientes virtuais para serem utilizados tanto em videoconferência quanto para transmissão de eventos variados.
Com a melhoria de nossos serviços esses sistemas já completam 1605 horas desde 2014. Além do mais, garantem uma economia de recursos financeiros que seriam gastos em diárias, transporte terrestre e passagens aéreas de R$1.814.068,68 (hum milhão, oitocentos e quatorze mil  e sessenta e oito reais). Se o segundo semestre deste ano for igual ao primeiro, serão mais de 2000 horas de contatos não presenciais, com uma economia total chegando a cerca de R$2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) em três anos de gestão (só passamos a computar os dados após 2013).
Obviamente a videoconferência não é uma vantagem para todas as situações, seja porque nosso interlocutor não tem a tecnologia ou porque não tem ainda a cultura de contatos não presenciais, seja também porque em alguns casos o presencial é mais efetivo. Todavia, vale destacar que há vantagens que o dinheiro não paga como a segurança decorrente da não necessidade de se viajar por nossas perigosas estradas, além da perda de tempo em extenuantes viagens por terra e ar.
A videoconferência é apenas um dos vários exemplos da gestão que temos praticado na UNIFEI e que propomos que continue. Essa gestão, séria e responsável com o dinheiro público, cuja prática já serve de referência para outras instituições públicas de educação superior. Pois esse é o papel da administração em uma instituição superior, garantir meios para que a academia possa se desenvolver.

Reunião do Cepead, com Itabira em vídeo
Banca de pós-graduação

terça-feira, 26 de julho de 2016

De lago degradado à área de lazer

Até há poucos anos o lago da UNIFEI se encontrava assoreado. Ele e seu entorno se tornaram uma área degradada, praticamente sem vida, com árvores podres e uma profusão de garças cujas fezes só traziam carrapato e piolho. Um verdadeiro desastre ecológico. A situação era de tal gravidade que frequentemente contribuía para enchentes que invadiam o campus sede e o seu entorno.
Essa área degradada era uma das coisas que mais me chocava na medida em que eu de fato não entendia como era possível que, com os fartos recursos então disponíveis, a universidade pudesse conviver com esse estado lastimável de coisas sem que aqueles que a dirigiam não se importassem e nada fizessem para reverter esse horror ecológico.
Lago morrendo
O lago invade o campus sede 
A entrada do campus sede tomada pelas aguas 
O dessassoreamento do lago foi uma obra inteiramente concebida e executada nessa gestão. Hoje o lago da UNIFEI e seu entorno estão servindo a universidade e a cidade de Itajubá com beleza, limpeza e qualidade de vida. Hoje é possível ver pessoas as mais diversas, famílias, crianças aproveitando as margens do lago, fazendo piqueniques, grupos de alunos e servidores espairecendo, aproveitando um momento de paz e tranquilidade. Isso é muito bom!

O enrocamento que protege o lago de erosões e futuro assoreamento
Lago dessassoreado; beleza e bom senso
Um espaço de paz e cidadania para a Unifei e Itajubá

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Obras: O que ainda precisa ser feito

Houve um tempo em que ouvíamos que a expansão continuaria por meio de um Reuni II (O Reuni foi um programa de expansão das Instituições Federais de Ensino Superior que durou de 2008 a 2011). Desde quando presidi o Conselho de Curadores eu sabia que isso não passava de uma fala inconsequente, cujo objetivo era apenas o de iludir os incautos. Afinal já haviam sinais claros em 2011 de que aquele período de expansão e prosperidade estava se esgotando e era preciso que a UNIFEI focasse suas ações de gestão, de maneira mais racional e produtiva. Naquela ocasião o Conselho Curador aconselhou formalmente à então Reitoria para que criasse um portfólio de bons projetos, capaz de permitir à universidade lançar mão de eventuais recursos, caso eles se apresentassem. Chamávamos a essa iniciativa de "projetos de gaveta" até porque, obviamente, para se construir algo, seja uma obra ou um evento, há que se começar por um projeto bem construído a partir de um escopo relevante, é obvio. E por relevância sempre entendi uma ampla e transparente discussão com todos os envolvidos, discussões coletivas homologadas pelos Conselhos Superiores e não tomadas em gabinetes por poucas pessoas.
Além dos projetos de obras novas, um conjunto de reformas deve acontecer, para mais salas de aulas, adaptação do centro de vivência para servidores e alunos, reforma no piso térreo do prédio das Elétricas, melhorias nas áreas esportivas e reformas prediais nas áreas que foram liberadas para atividades acadêmicas em decorrência da mudança dos setores administrativos para o novo prédio da reitoria. Em próximas postagens vou relatar tais reformas.
Pois bem, estamos entregando um excelente conjunto de projetos a serem utilizados futuramente pela universidade. O fato é que o recursos financeiros para investimentos prediais estão caindo muito e tudo indica que não deveremos ter recursos dessa natureza no montante que já tivemos no passado. Entre os projetos que propomos e serão objeto de discussão no CGInfra e homologação em nossos conselhos superiores, destacam-se:

O entorno do Lago
Dessassoreamos o lago que no passado com seu fundo cheio de material proveniente de suas margens erodidas contribuía para as enchentes que tanto nos prejudicavam. Lago esse que com seu entorno era um verdadeiro desastre ecológico, uma área degradada, foco de doenças pelas fezes das garças que fizeram abrigo nas árvores podres ao seu redor. Todavia, para completar o belo trabalho que hoje já apresenta benefícios à universidade e à cidade de Itajubá ainda precisamos criar as pistas de ciclismo, caminhada e instalar a iluminação do seu entorno, bem como plantar mais árvores. Fizemos algumas melhorias que já permitem que pessoas da UNIFEI e da comunidade externa estejam aproveitando essa área, o que nos dá muita satisfação. Todavia, queremos e merecemos mais, conforme demonstra o projeto abaixo:



A Concha Acústica
Para a revitalização do lago e de seu entorno temos um projeto de uma linda Concha Acústica, cujo preço estimado é de cerca do dobro que foi gasto para a Fontes Luminosas concebidas pela administração anterior. A Concha Acústica, com capacidade para abrigar até uma pequena orquestra, seria um formidável impulso para as atividades culturais da UNIFEI, tais como shows musicais, orquestra e coral, teatro, dança, etc. Sempre coordenados pela Diretoria de Cultura da UNIFEI com a efetiva participação da Universidade Cultural e demais entidades culturais com as quais temos convênios. Todavia, não apenas pelo contingenciamento a que temos estado sujeitos, como também pelo fato de não aceitarmos desviar orçamento para outros fins que não sejam as atividades essencialmente acadêmicas, decidimos pela busca de recursos externos para sua construção.



Anfiteatro e Salas modelo Auditório
Investimos em um projeto conceitual que contempla um anfiteatro de 278 lugares e duas salas de aula, modelo auditório, de 141 lugares cada uma. Dessa forma, atendendo a realização de congressos e encontros acadêmicos de maior porte não só no anfiteatro, mas também nas salas de aula, como é comum no hemisfério norte. Propõe-se que este complexo seja construído no platô do campus, vizinho à Igreja Nossa Sra da Agonia.
Como já salientei, os recursos para novas construções estão cada vez mais exíguos. Acredito que as dificuldades relativas a essa empreitada sejam minimizadas por um projeto de valor bem inferior àquele de 1000 lugares que recebemos da administração anterior, o qual seria posicionado ao lado do novo Prédio da Reitoria.



Complexo Poliesportivo
Temos um projeto básico para expansão do Complexo Poliesportivo, no qual constam uma piscina semi-olímpica descoberta e aquecida, com arquibancada, além de uma ampla construção de 6400 m2 para salas de musculação e lutas, salas de ginástica e dança, além de vestiários masculinos e femininos.
Há que se destacar também, que arranjos deverão ser feitos para iniciar a construção no campos de Itabira de uma estrutura poliesportiva, seja pela Prefeitura, seja pela própria UNIFEI. Já estamos elaborando na Diretoria de Obras o projeto de quadras esportivas para o campus de Itabira, com iluminação e área de apoio e vestiários.

Ciclovias e Ciclofaixas, Árvores e Identificação Visual
Com a definição do organograma oficial da universidade definido pelo Conselho Universitário e a posse definitiva do terreno sobre o qual se localiza o campus sede poderemos agora proceder a um sistema de identificação visual para toda a universidade, contendo os nomes dos prédios e ruas. Dessa forma, aqueles que visitarem a universidade poderão se deslocar de maneira mais organizada e produtiva.
Já estamos construindo alguns trechos com ciclovias e ciclofaixas. Não é suficiente. Planejamos a construção de ciclovias e calçadas por todo o campus, além do plantio de arvores em quantidade tal para que tenhamos elevada arborarização.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Quem não Registra não é Dono!

Desde a instalação do campus sede, há mais de 50 anos, o processo formal de ocupação do terreno sobre o qual a universidade está localizada, não estava totalmente regularizado. De fato, cerca de 321 mil metros quadrados não pertenciam a UNIFEI, mas a União. Há menos de um ano a Superintendência do Patrimônio da União (SPU)  procedeu a doação do imóvel de sua propriedade à UNIFEI. Com a assinatura do documento a UNIFEI passa a ser, finalmente, a única proprietária de todo o terreno de 372 mil metros quadrados.
Ações simples e necessárias são agora possíveis, tais como receber o correio em cada um dos nossos prédios e nomear nossas ruas. Dessa forma, o Consuni poderá efetivar os procedimentos necessários para homenagear as grandes figuras históricas que contribuíram para o engrandecimento da UNIFEI. Além do que, deixamos de ter problemas com os órgãos financiadores de pesquisas e com o próprio Ministério da Educação para recredenciamento da Universidade.


O superintendente da SPU, Luciano Caetano Couto, parabenizou a atual administração da UNIFEI pela iniciativa de regularizar seu imóvel. Ele assinalou que não houve a mesma preocupação em várias outras instituições, “as quais tem enfrentado sérios problemas como disputas judiciais, invasões de terreno, entre outros”.
Este ato representa um marco histórico para nós, pois que temos a posse definitiva do imóvel para desenvolvermos plenamente nossas atividades acadêmicas. 

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Museu de Ciência e Tecnologia da UNIFEI


Em vez de ficar apenas sonhando com algo pouco factível, criando expectativas e frustrando a boa fé das pessoas decidimos realizar o que seria possível para a preservar o nosso legado histórico e para possibilitar adequada divulgação científica. Nesse sentido, disputando a Chamada do MCTI/CNPq para apoio à criação de museus de ciência e tecnologia, fomos aprovados em R$537 mil reais. Lamentavelmente, devido as dificuldades do país fomos contemplados apenas com cerca de R$260 mil reais para criar o Museu de Ciência e Tecnologia da UNIFEI. Para tanto, equipamentos foram adquiridos tais como um painel composto por 15 monitores interativos touch screen 3D, além de 2 mesas digitais também touch screen 3D. Para acondicionar tais equipamentos foi reformada toda uma ala de 172 m2 do andar térreo do Prédio II, no complexo histórico da universidade, no centro da cidade de Itajubá.

Painel 3D, touch screen

O próximo passo é a consolidação do Centro Histórico da Energia, do qual fazem parte além do Museu de Ciência e Tecnologia, o LTHE e o LME. O Centro Histórico da Energia conjuntamente ao Museu Theodomiro Santiago e os espaços culturais como o Teatro Pedro Mendes e o Auditório Antonio Rodrigues de Oliveira, ambos totalmente reformados nessa gestão, fazem parte do Complexo Histórico e Cultural da UNIFEI. Complexo este que busca, apesar das imensas dificuldades financeiras porque temos passado nos últimos anos, garantir não apenas o legado de nossa maravilhosa história, mas também garantir às gerações atuais e futuras o que há de mais sofisticado em divulgação da ciência e tecnologia.

O coordenador do projeto e da implantação do museu, prof Roberto Alves, demonstra o uso da mesa digital


Esse museu será oficialmente inaugurado em novembro nas solenidades de aniversário da UNIFEI. No entanto, há muito ainda a ser feito visto que o que temos até agora representa, tão somente, as potencialidades do que pode ainda ser conseguido quando projetos elétricos, mecânicos, de automação, circuitos eletrônicos e outros passarem a se utilizar dos equipamentos do museu devidamente operados por software especializados adquiridos ou até mesmo desenvolvidos pelos grupos de pesquisa da própria UNIFEI. 

O passado resgatado e o futuro da UNIFEI sendo construído agora no presente depende do necessário envolvimento de toda a comunidade da UNIFEI, assim como da sociedade no fortalecimento da nossa instituição como fonte de criação e de divulgação da ciência e da tecnologia